segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Meus poemas. Sem pretensão de ser poetisa.

A Descoberta

Sonhei que cavalgava pelo universo
fazendo versos.
Em um cavalo alado todo prateado.
Vi estrelas morrendo e outras nascendo
Vi as jóias de Deus que ninguém conheceu
Brinquei no quintal sagrado
com anjos cantando ao lado
Flores, cores, odores almiscarados
nesse mundo sem pecado

Uma coisa nova aconteceu
Um pequeno astro apareceu, resplandeceu
Um para cada alegria que se sentia
Milhões, bilhões, legiões dançavam ao meu redor
luzindo, refletindo, serenos e lindos.

Um espatáculo astral
Um sonho real
Descobri nesse presente da vida
Minha alma escondida
E um milagre aconteceu
descobri que sou parte de Deus! 


*Rita Parise*


Amor conjugado

Não percebi que aquele era o dia do futuro
Um passeio comum
Uma cantada comum
Um sorriso comum
Um dia qualquer
Um encontro casual 


Te conhecer foi assim
momento certo, local correto
dia marcado pelo destino.
Os dias comuns foram se tornando especiais
Olhos se aprofundando na alma
palavras embriagando o coração
o corpo se fazendo em tentação
Resistência minada.


Seus olhos me chamam para compartilhar da
mesma visão, sua boca, do mesmo gosto,
sua pele, das mesmas sensações, eletricidade de emoções. 


A simbiose acontecia, a vida esclarecia, que o momento é de
nascimento, ressurgimento.
Tudo se agiganta, e se aproxima, vejo o futuro chegando, e é lindo.
O tempo percorreu os quilômetros dos nossos destinos ,por vezes, lentamente
outras como um raio de luz. 

Hoje, o meu presente é você, que veio do passado fazer brilhar meu futuro . 

* Rita Parise * 



Mulher

Quando é que nós nos transformamos em mulher ?
Quando perdemos a virgindade?
Quando abandonamos nossas bonecas?
Quando completamos a maioridade?
Quando nossos corpo dão sinais de desejos?
Quando damos a luz ao primeiro filho?
Quando nos unimos a um homem ?
Transformar, perder,abandonar,completar,desejar, dar vida, unir , eis a metamorfose agora você já é uma mulher !




                                            O Pecado


_ Não faça isso que é pecado, dizia Carlos ao seu filho de apenas oito anos.

-Pecado? Pergunta o pequenino.
-Sim, não se pode falar palavrões que Deus castiga.

O garoto fica em silêncio por alguns segundos, olha para o pai e diz:

-O que é pecado?



Ah o pai bem sabe o que é já cometeu muitos na vida, alguns até já esqueceu.

-Bem Lucas quando desobedecemos qualquer lei de Deus estaremos pecando.

-Humm... balbucia o pequeno com ares de desconfiança.

-Mas, onde estão as leis de Deus?

-Na bíblia, responde o pai, já meio cansado da conversa.

- E quais são?

-Bom são dez e chamamos de mandamentos, o pai cita um por um para o filho.

-Onde diz que não posso falar palavrão?

O pai se enrola, mas tenta contornar a situação.

- Escrito não está, mas Deus não gosta de palavrões.

-E como você sabe?

-Meu filho já chega dessa conversa, ele não gosta e pronto e além do mais é falta de educação, pessoas educadas não devem se comportar assim.

- E o que acontece com pessoas que pecam?

-Deus irá julgar no dia em que morrermos e aí decidirá se iremos para o céu ou inferno.

-E o que acontece no inferno?

-Lá é um lugar terrível onde as pessoas ficarão sofrendo no fogo eterno.

-Nossa irei para o inferno porque falei palavrão?

-Não filho isso só acontece se você ficar repetindo o pecado, porém se você se arrepender e não mais pecar Deus te perdoará.

Lucas fica ali parado brincando com seu carrinho, mas o pensamento está no que o pai lhe disse. Então mais uma dúvida lhe perturba a cabecinha. Ele continua empurrando seu carrinho vermelho e solta a seguinte pergunta:

-Deus faz parte da nossa família?
O pai para, pensa um pouco e diz:

-De certa forma sim, por que Deus é nosso pai, pai de todas as pessoas do mundo e de todas as coisas que existem e Deus ama muito todos os seus filhos.

Lucas fica espantado e fala:

-Mas você é meu pai não ele, e como ele pode ser meu pai e seu pai, aí eu seria seu irmão.

-Muito bem Lucas é isso que Deus quer que sejamos todos irmãos.

-Essa não, eu não posso ser seu irmão.

Carlos já não sabia mais como explicar.

-Espere sua mãe chegar e converse com ela sobre isso.

Ele guardou o carrinho e pegou um boneco, porém uma coisa lhe ocorreu.

-Pai.

-Sim meu filho.

-Você me jogaria no fogo?

-Que isso meu filho, jamais faria uma coisa dessas.

-Mesmo se eu fosse um garoto mal?

-Mesmo assim meu filho eu te amo e jamais faria mal algum a você.

-Você me ama papai?

-É claro meu filho, mais do que qualquer coisa no mundo.

-Igual a Deus que ama os seus filhos?

-Quase isso, o amor de Deus é muito maior.

Então, ele de repente começa a chorar ,e se afasta quando o pai tenta consola-lo .

-Você está mentindo.
-Não diga isso filho, eu jamais mentiria pra você.
-Ué se Deus joga no fogo você também pode jogar.

O pobre pai não tinha mais argumentos, pois seu filho estava certo.

Autora: Rita Parise

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